Se o cinema não é feito para traduzir os sonhos ou tudo que na vida consciente se assemelha ao sonho, então o cinema não existe. Antonin Artaud
As décadas de 10 e 20 foram o período das “vanguardas históricas”, o ápice do experimentalismo nas artes:
- impressionismo na França
-construtivismo na União Soviética
-expressionismo na Alemanha
-futurismo na Itália
-surrealismo na Espanha
-muralismo no México
-modernismo no Brasil
Os filmes de vanguarda definiam-se não apenas por sua estética diferenciada, mas também por seu modo de produção, geralmente artesanal, com financiamento independente e sem conexões com os estúdios ou a indústria.
O modernismo surgiu como campo de força cultural com três coordenadas: arte oficial de regimes ainda vinculados às velhas aristocracias; resposta ao impacto das novas tecnologias da segunda revolução industrial e, por último, como uma esperança de revolução social.
Para os surrealistas, o cinema tinha a capacidade transcendente de liberar o que convencionalmente era reprimido, de mesclar o conhecido e o desconhecido, o mundano e o onírico, o cotidiano e o maravilhoso. Eles demonstravam uma frustração pelo fato de o cinema não ser explorado por seu potencial subversivo, ganhando espaço dramas românticos burgueses através da “infecção sentimental”.
O papa do surrealismo, André Breton, buscava inspiração na Interpretação dos Sonhos de Freud. Assim, a utilização distorcida, jovialmente criativa e utópica que os surrealistas fizeram das teorias freudianas propunham um cinema que em vez de domar, libertaria as energias anárquicas do inconsciente. O principal nome do cinema surrealista é Luís Buñel, diretor que tinha grande interesse na relação entre o cinema e outros estados de consciência. Para Robert Desnos, o cinema era o lócus antecipatório da “libertação poética” e da “intoxicação”, um espaço tempo mágico no qual a distinção entre sonho e realidade, sono e vigília podia ser abolida.
As décadas de 10 e 20 foram o período das “vanguardas históricas”, o ápice do experimentalismo nas artes:
- impressionismo na França
-construtivismo na União Soviética
-expressionismo na Alemanha
-futurismo na Itália
-surrealismo na Espanha
-muralismo no México
-modernismo no Brasil
Os filmes de vanguarda definiam-se não apenas por sua estética diferenciada, mas também por seu modo de produção, geralmente artesanal, com financiamento independente e sem conexões com os estúdios ou a indústria.
O modernismo surgiu como campo de força cultural com três coordenadas: arte oficial de regimes ainda vinculados às velhas aristocracias; resposta ao impacto das novas tecnologias da segunda revolução industrial e, por último, como uma esperança de revolução social.
Para os surrealistas, o cinema tinha a capacidade transcendente de liberar o que convencionalmente era reprimido, de mesclar o conhecido e o desconhecido, o mundano e o onírico, o cotidiano e o maravilhoso. Eles demonstravam uma frustração pelo fato de o cinema não ser explorado por seu potencial subversivo, ganhando espaço dramas românticos burgueses através da “infecção sentimental”.
O papa do surrealismo, André Breton, buscava inspiração na Interpretação dos Sonhos de Freud. Assim, a utilização distorcida, jovialmente criativa e utópica que os surrealistas fizeram das teorias freudianas propunham um cinema que em vez de domar, libertaria as energias anárquicas do inconsciente. O principal nome do cinema surrealista é Luís Buñel, diretor que tinha grande interesse na relação entre o cinema e outros estados de consciência. Para Robert Desnos, o cinema era o lócus antecipatório da “libertação poética” e da “intoxicação”, um espaço tempo mágico no qual a distinção entre sonho e realidade, sono e vigília podia ser abolida.
Por João Marcos Veiga de Oliveira - junho/2009